A boa instalação do aquecedor solar é essencial para o correto funcionamento do sistema, por isso, leia atentamente e aplique as instruções contidas neste manual. Desfrute do melhor que a natureza tem para lhe oferecer e aproveite o conforto que a energia do sol pode lhe proporcionar. A Kisoltec está à sua disposição para esclarecer suas dúvidas, ouvir suas sugestões e suas críticas.
Este manual é dividido em 05 partes. Fique a vontade de acessar diretamente o conteúdo que lhe interessa.
Recomendações gerais - parte 1
Sistemas com baixa pressão - Termossifão (Circulação Natural)
Antes de iniciar a instalação e utilização de seu Sistema de Aquecimento de Água por Energia Solar Kisoltec, pedimos sua atenção para a leitura deste Manual. As instruções, regras e informações aqui apresentadas visam garantir sua segurança e plena satisfação no uso do sistema.
Se a alimentação do aquecedor solar for feita com água de poço, salobra, calcária, com excesso de cloro ou com água não tratada, deve-se optar por reservatórios térmicos fabricados em aço inox AISI 316L com bastão de anodo.
O bastão de anodo inibirá a corrosão galvânica sofrida pelo reservatório térmico, por esse motivo, o bastão deverá ser trocado periodicamente, caso este anodo venha a se degradar completamente e não for trocado, o sistema solar estará descoberto da garantia Kisoltec.
A água que irá alimentar o aquecedor solar deverá ter as seguintes características, para que o sistema esteja coberto pela garantia Kisoltec:
A vida útil do equipamento poderá ser reduzida se a água não estiver dentro dos padrões citados acima, inclusive ocasionando a perda da garantia do produto, exceto para reservatórios térmicos fabricados em inox AISI 316L com inclusão de bastão de anodo, onde a garantia é válida inclusive para águas não tratadas, desde que respeitando o prazo de troca do anodo que deve ser a cada 6 meses ou menos, dependendo do estado do bastão.
Corrosão causada por elementos contidos na água, nocivos aos metais, não é coberta pela garantia.
A interligação entre os coletores e o reservatório térmico deverá ser feita com tubos e conexões de materiais resistentes à temperatura e pressão.
Os suportes e fixações devem ser compatíveis com o local de instalação do reservatório e coletores solares.
O uso de isolante térmico nos tubos de água quente melhora a eficiência do sistema.
Para aproveitar o melhor do seu sistema de aquecimento, o local de instalação deve ser escolhido levando-se em conta alguns cuidados que descrevemos a seguir:
O reservatório térmico de baixa pressão deve estar situado o mais próximo possível dos pontos de consumo.
A distância do reservatório térmico em relação aos coletores solares também deve ser a menor possível, especialmente em sistemas com circulação por termossifão, como detalhado adiante no item 2.1. Como regra geral, essa distância não deve ser superior a 5 metros.
Nos reservatórios de alta pressão é obrigatória à instalação da válvula de segurança, essa válvula tem como função controlar a pressão para que ela não ultrapasse os 4,0 Kgf/cm². Os reservatórios Kisoltec de alta pressão acompanham uma válvula de segurança, reservatórios de alta pressão instalados sem esta válvula estão descobertos da garantia.
O local de instalação do reservatório térmico de alta ou baixa pressão deve permitir fácil acesso para inspeção e manutenção. A base para instalação deve ser nivelada, evitando problemas na circulação da água, além de proporcionar apoio a todo o corpo do tanque, distribuindo a carga de peso de modo uniforme, respeitando as posições das cintas que acompanham o produto.
É obrigatório que o reservatório seja instalado sobre uma base dotada de sistema de impermeabilização e contenção de vazamentos com dreno para escoamento, facilitando as operações de manutenção e limpeza do reservatório, além de prevenir danos caso ocorra vazamentos, como ilustrado na Figura 1, conforme norma NBR 9575.
Figura 1 - Caixa de contenção para reservatório.
Ao se fazer a instalação do reservatório térmico verificar:
A correta instalação dos coletores é de fundamental importância para o bom desempenho do seu Sistema de Aquecimento Solar. Quanto ao posicionamento, devem ser observadas as condições de orientação e inclinação, como mostra a Figura 2.
Ao instalar o coletor solar, muito cuidado com:
Se alguns desses itens forem danificados ou violados e o coletor apresentar infiltração de água no seu interior, ele não estará coberto pela garantia.
Figura 2 - Inclinação e orientação do coletor
Os coletores deverão sempre ser instalados direcionados para o norte geográfico (norte verdadeiro). Caso não disponha dessa orientação, uma bússola simples será de grande ajuda nesta tarefa. Na Figura 3, o 2º passo mostra a bússola apontando para o Norte Magnético. O norte geográfico estará deslocado (sempre no sentido horário) do valor da declinação magnética a partir da indicação do Norte Magnético pela bussola, como mostra o 3° passo da Figura 3.
Figura 3 - Declinação Magnética
O valor da correção varia localmente e os dados para as capitais brasileiras estão na tabela abaixo. De posse dessas informações o instalador pode colocar os coletores voltados para o norte verdadeiro e com um desvio máximo para leste ou oeste de 25º. Além deste limite, o projeto do sistema deve ser feito de maneira especial, necessitando consulta ao Departamento de Aplicação da Kisoltec ou ao instalador/revendedor autorizado.
Capital | Declinação Magnética (Em graus) |
---|---|
Porto Alegre | 14,74 |
Florianópolis | 17,46 |
Curitiba | 17,3 |
São Paulo | 19,6 |
Belo Horizonte | 21,5 |
Rio de Janeiro | 21,4 |
Vitória | 22,8 |
Salvador | 23,1 |
Aracaju | 23,1 |
Maceió | 22,9 |
Recife | 22,6 |
João Pessoa | 22,4 |
Natal | 22,1 |
Fortaleza | 21,6 |
Capital | Declinação Magnética (Em graus) |
---|---|
Teresina | 21,4 |
São Luís | 20.7 |
Belém | 19,5 |
Macapá | 18,5 |
Palmas | 19,9 |
Manaus | 13,9 |
Boa Vista | 14,0 |
Porto Velho | 10,6 |
Rio Branco | 7,34 |
Goiânia | 19,2 |
Cuiabá | 15,1 |
Campo Grande | 15,2 |
Brasília | 20 |
Declinação magnética para as capitais brasileiras.
A inclinação dos coletores em relação ao plano horizontal deve ser determinada adicionando-se 10º à latitude do local. Por exemplo, um coletor instalado na cidade de São Paulo/SP, onde a latitude é de aproximadamente 23º, deve ser inclinado com aproximadamente 33º.
Uma inclinação mínima de 17º deve ser respeitada, sendo esta inclinação a mais encontrada em telhados no Brasil, permitindo a instalação dos coletores diretamente sobre as telhas, sem prejuízo significativo da eficiência do sistema.
Ao determinar o local de instalação, certifique-se que os coletores não ficarão sob a sombra de vegetações ou de edificações, o que comprometeria o desempenho do sistema.
Em sistemas instalados em regiões de clima frio é recomendada a instalação de válvula ou dispositivo anticongelamento, para prevenir danos aos coletores. Consulte seu revendedor sobre a necessidade desse acessório para seu sistema. Deverão ser seguidas as orientações de instalação, operação e manutenção que acompanham o próprio dispositivo.
Durante sua instalação ou enquanto o sistema estiver sem a carga completa de água, mantenha os vidros dos coletores cobertos. Esta prática evita superaquecimento do coletor seco que pode provocar a degradação das vedações, quebra dos vidros e outros danos ao coletor. Danos por superaquecimento do coletor implica na perda da garantia do mesmo, para maiores informações veja o capítulo 6.
A instalação e montagem dos coletores devem obedecer a algumas regras para o seu correto funcionamento. A eficiência de uma série de coletores está diretamente ligada à forma como eles são associados.
As associações entre as baterias de coletores podem ser em série, em paralelo ou série-paralelo (mista), sendo a terceira a mais utilizada por permitir maior número de configurações.
Uma bateria de coletores solares interligados deve ter no máximo 5 unidades (limitado pelo rendimento do coletor).
Figura 4 - Maior número de coletores a ser colocado numa bateria.
Ao se realizar a montagem da bateria sob o telhado deve-se prever uma inclinação de pelo menos 2,5% no sentido do retorno para o reservatório, a fim de favorecer o escoamento e a purga de ar contido nas placas.
Na associação em paralelo, o acréscimo de temperatura proporcionado à água é o mesmo, motivo pelo qual, a temperatura de saída da água da bateria 1 (T1) é igual a temperatura de saída da água da bateria 2 (T2).
Figura 5 - Associação em paralelo de duas baterias de 5 coletores solares.
Não existe limite de baterias a ser utilizada nesta configuração, desde que o equilíbrio hidráulico seja respeitado.
Este tipo de montagem pode ser utilizado em sistema com circulação forçada
Na interligação em série, a temperatura da água na entrada de uma bateria é igual à temperatura da água na saída da bateria anterior.
Figura 6 - Associação em série de duas baterias de 4 coletores solares.
Não ultrapassar a quantia de 2 baterias de 5 coletores para montagem em série.
Este tipo de montagem deve ser utilizado em sistema com circulação forçada.
É o tipo de associação mais utilizado em obras de médio e grande porte, pois quando há limitações de área física para instalação dos coletores, deve-se combinar os dois modelos de associação (série e paralelo) para que seja possível alocar o número de coletores necessários à instalação.
Figura 7 - Associação mista: três baterias em paralelo combinada com duas baterias em série.
Não existe limite de baterias nesta configuração, desde que o equilíbrio hidráulico seja respeitado e que seja respeitado o limite de baterias ligadas em serie como dito no item 1.3.3.
Este tipo de montagem deve ser utilizado em sistema com circulação forçada.